Assistimos em nosso tempo a uma verdadeira decrepitude de valores éticos e sociais, ao lado de um considerável avanço científico. Enquanto uma pequena parcela da humanidade tem acesso a recursos que há poucos anos faziam parte de histórias de ficção, outra parcela é dizimada pela fome, pelas epidemias, pelas guerras, ou se degenera. O aparente desenvolvimento vem sendo conduzido por forças que se esquivam de uma visão superior da vida, forças que se fundamentam em jogos de interesses escusos, que manipulam elementos vinculados à cognição externa, ao acúmulo de experiência e à ambição humana. Por ser extremamente restrito, o campo de conhecimento ao qual essas forças circunscrevem o homem é por demais passível de erros. Pode-se citar o exemplo da sonda espacial Galileu, que após longa viagem pelo espaço, durante a qual enviava para a base os dados que ia recolhendo, a informou, ao contornar a Terra, da probabilidade de não haver aqui vida inteligente. Sem as potencialidades do próprio universo interior ativas, ou seja, sem o desenvolvimento do seu consciente direito, o ser humano permanece envolto num pseudoconhecimento. Ao defrontar-se com a fração, toma-a por unidade: concentra-se em um detalhe, acreditando englobar o todo. Contudo, os mundos ardentes revelam-se a todo àquele que os busca com sinceridade e facultam-lhe uma visão mais ampla e real da vida. Sem as potencialidades do próprio universo interior ativas, ou seja, sem o desenvolvimento do seu consciente direito, o ser humano permanece envolto num pseudoconhecimento: ao defrontar-se com a fração, toma-a por unidade, concentra-se em um detalhe, acreditando englobar o todo. Contudo, os mundos ardentes revelam-se a todo aquele que os busca com sinceridade e facultam-lhe uma visão mais ampla e real da vida.